Preço do frete é o maior responsável pela desistência de compras

O preço do frete é um fator que já faz parte do modus operandi do e-commerce.  A prática de cobrar pelo serviço de manuseio e entrega da encomenda não é errada e poderia, inclusive, ser considerada uma espécie de “taxa de conveniência” pelas compras online. Mesmo que esse fato já seja praticamente consenso entre as lojas virtuais e consumidores, o cliente tem um limite aceitável daquilo que pretende pagar pelo frete de seus produtos. Quanto? Isso vai depender do tipo de produto comercializado.

Até aqui, já sabemos que isso está sob o poder do seu cliente e, a não ser que negocie condições melhores ou procure outros parceiros, isso não vai mudar. Mas, e quando o erro parte do planejamento da operação da loja virtual? Erros, negociações com termos incertos e falta de atualização das tabelas são alguns dos principais motivos de frete abusivo que poderiam ser evitados. Como resultado, diversos e-commerces “abrem a torneira” do frete e desperdiçam recursos que poderiam ser poupados.

Preço do frete e influência sobre a taxa de conversão

Excluindo as razões do comportamento do consumidor, sobre as quais você não tem controle, o preço do frete é um componente sério. De um lado, pode comprometer a margem de lucro do e-commerce e, de outro, influencia a decisão de compra do cliente.

Uma pesquisa realizada pelo Business Insider revela os principais motivos do abandono de carrinho, a maioria relacionada com o preço do frete. A razão que levou 58% dos respondentes a desistirem de uma compra foi a discrepância entre o valor do produto e o valor final da transação, incluindo o envio.

Preço do frete e influência sobre a desistência de compras

Na mesma pesquisa, metade dos respondentes afirmou ter abandonado uma transação porque o valor da compra não era qualificado para oferta de frete grátis. Outros 37% afirmaram que o frete apareceu muito tarde no processo de checkout.

Afinal, é possível “equilibrar os pratos” e oferecer uma experiência de qualidade e com baixo preço custo sem comprometer a margem de lucro? Nem sempre a oferta de frete grátis é a solução.

Como evitar armadilhas ao precificar o frete da sua loja virtual

O fato de o preço do frete ser decisivo para a conversão não implica dizer que a sua loja deve oferecer frete gratuito. Isentar o frete requer um planejamento minucioso do perfil de carga e destino das encomendas para decidir se vale a pena ou não e quais são as melhores práticas, em caso positivo.

Caso opte pela oferta de frete gratuito, alguns dados que você pode monitorar com a prática são o ticket médio e a taxa de conversão em situações de frete grátis versus o frete pago. Além disso, sempre vale a pena ficar atento à receita e às margens de lucro do e-commerce para não ficar no prejuízo.

Algumas pesquisas sobre o assunto mostram perspectivas animadoras que podem pautar suas metas para a prática de frete grátis:

  • A comScore fez uma pesquisa que revelou que o frete grátis pode ser responsável por um crescimento de 30% do ticket médio quando comparado às compras em que há cobrança do frete.
  • Um relatório da Retention Science mostrou que os consumidores se sentem duas vezes mais atraídos à compra com frete grátis do que quando são oferecidos descontos nos produtos da loja.
  • No segundo semestre de 2016, 39% das compras online foram feitas com frete gratuito, de acordo com dados da 35ª edição do Relatório Webshoppers do E-bit. Por outro lado, isso significa que 61% das transações foram concluídas com frete pago.

Uma das principais estratégias adotadas é a isenção do frete atrelada ao ticket médio, prática que vem se tornando uma constante entre os e-commerces brasileiros.

Preço do frete e condições no site da Kanui

1. Avalie o perfil das encomendas para oferecer preços competitivos

Identifique o seu perfil de cargas por região e distribua os envios entre diferentes parceiros. É extremamente importante que não dependa de uma só transportadora – cada parceiro logístico será mais adequado para um perfil de cargas ou destino específico.

Vamos supor que você tenha um e-commerce de notebooks, computadores e capinhas de celular. Ao fazer uma análise do perfil de cargas, descobriu que a região Norte é a maior consumidora da categoria de capinhas, o que caracterizou um perfil de cargas para a região com menos de 1kg.

Com a análise, você também percebeu que o seu único parceiro logístico para todo o Brasil tem perfil de cargas e tabelas dedicadas a envios mais pesados. Isso significa que você pode estar perdendo dinheiro nessa região.

Conheça algumas faixas de peso e os principais fatores a levar em consideração antes de fechar um contrato com um parceiro logístico:

  • 0kg a 1kg: dependendo dos principais destinos desse perfil de carga, o preço do frete pode ser reduzido com a utilização de transportadoras com perfil courier, que divide a precificação em ranges de 250g para obter mais precisão em remessas mais leves.
  • 1kg a 10kg: para esse perfil de carga, é importante garantir que a transportadora escolhida isente os seus envios da cobrança de cubagem para encomendas de até 10kg.
  • 10kg a 29kg: a partir dessa faixa, a maioria das transportadoras passa a calcular a cubagem sobre os envios. As transportadoras do tipo courier já não são as mais indicadas para o serviço, porque os preços geralmente são competitivos para encomendas de até 10kg.
  • Acima de 30kg: algumas transportadoras podem cobrar taxas adicionais para esse perfil de cargas. Para reduzir o custo de frete nesse perfil, dê preferência a um parceiro logístico com tabelas mais competitivas para o envio de grandes volumes.

Diferentes perfis de carga demandam serviços de diferentes transportadoras. O ideal é não ficar na mão de um só fornecedor nessa área e aproveitar a diversidade para estimular a competitividade do mercado e obter o melhor de cada opção.

2. Conheça as políticas e o preço do frete da concorrência

Esse tipo de pesquisa é indispensável no e-commerce. Às vezes, sua loja se preocupa em oferecer o melhor preço do frete, mas peca na oferta de prazos flexíveis e viáveis para o seu cliente.

Consultar o preço e os prazos da concorrência para basear suas metas e a negociação com transportadoras é uma tarefa acessível, uma vez que você pode sempre simular as compras e calcular o envio sem precisar finalizar o pedido.

Preço do frete e condições de envio dos produtos na Livraria Cultura

Pesquisa de preço do frete e condições no site da Livraria Cultura.

É importante ter parceiros logísticos que se adequem não apenas ao seu perfil de cargas, como também ao seu volume de envios. Do contrário, fazer um plano de ação que não é executável põe tudo por água abaixo.

3. Atualize suas tabelas de frete constantemente

Ter um software de gestão pode fazer toda a diferença em processos rotineiros de uma loja virtual, extinguindo a contagem manual de estoque e facilitando a expedição de mercadorias. Além dessa facilidade, os sistemas de ERP (e algumas plataformas de e-commerce) permitem o upload de tabelas de frete de parceiros logísticos.

É preciso ter cuidado com esse tipo de integração e estar atento às atualizações de preços para fazer upload de novas tabelas sempre que necessário. Variáveis incorretas podem afetar o custo do frete para mais ou para menos e impactar no que o seu cliente vê no checkout. Isso pode ter influência negativa sobre a sua decisão de compra.

Douglas Carvalho, diretor de Operações da Mandaê, explica que as lojas virtuais têm que manter contato constante com seus parceiros logísticos para atualizar tabelas. “As transportadoras costumam fazer reajustes com base em dois fatores: abrangência e preços. Abrangências são atualizadas com frequência mensal e têm impacto nos prazos, enquanto os preços costumam sofrer reajustes anuais. Se o lojista não atualizar essas informações, o preço do frete e os prazos podem ficar desatualizados e a loja virtual perde dinheiro”, reitera.

Leia também: Como reduzir custos logísticos no e-commerce

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